Sinopse:
Em Agosto de 2005 164.7 milhões de reais
foram roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar um único tiro, sem
disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros
cavado sob o cofre, carregando 3 toneladas de dinheiro. Foram mais de três
meses de operação. Milhares de reais foram gastos no planejamento. Foi o
segundo maior assalto a banco do mundo. Um dos crimes mais sofisticados e bem
planejados de que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas? E o
que aconteceu com elas depois? São as perguntas que todo o Brasil se faz desde
então.
Bom, não é a toa que muitos ainda
não assistiram ou tiveram conhecimento desse filme, afinal, dizem que tudo
feito no Brasil não presta. Mas tenho que discordar desse ponto de vista quando
se trata de filmes. Muitos filmes brasileiros são bons e trazem uma mensagem
bacana e reflexiva, como Tropa de Elite, por exemplo. Em que mostra a realidade
da polícia e estado em relação ao crime organizado.
Pois bem, Assalto ao Banco
Central ganhou um destaque entre meus filmes preferidos por dois motivos,
primeiro pelo enredo do filme que é excelente, e segundo, pelo fato de se
basear em uma história real e surpreendente.
Tudo começa com o planejamento, a
seleção do grupo, as divisões de tarefas. Tudo muito bem organizado. No topo da
pirâmide, esta o Barão (Milhem Cortaz). Um sujeito sério, cara fechada, um
típico barão, eu poderia dizer...
Ele planeja, organiza e financia
todo esse plano com a ajuda de sua mulher (Hermila Guedes). Juntos arquitetam o
assalto que entraria para a história como o segundo maior assalto a banco do
mundo.
Aos poucos eles começam a entrar
em ação, alugam uma casa, e criam uma empresa de grama sintética. Não preciso
nem dizer que é só fachada né? Depois começam as escavações. “Como assim,
escavações? Não era assalto a banco?” Isso mesmo, foi um assalto a banco, mas bem
no estilo Hollywood. Eles fizeram um túnel de 84 metros, da “Empresa” até o Banco
Central, o que lhe fizeram levar mais de três meses de planejamento e execução.
O túnel acaba em baixo do cofre
do banco, lá dentro, 164.7 milhões de reais em notas velhas de 50, esperam por
eles. O que me deixou pasmo, foi que eles não deram um tiro, não desligaram
nenhuma câmera ou sensor de movimento que havia dentro do cofre. O Barão, antes
mesmo de começar a colocar o plano em pratica, subornou um funcionário da
equipe de segurança do banco, e conseguiu com ele, a planta e as informações
sobre todas as câmeras e sensores. Ah, não posso deixar de falar que o
funcionário dessa empresa pediu demissão uma semana antes do assalto acontecer.
Para cavar o túnel, foi chamado o
Tatu (Gero Camilo). O nome já diz tudo né? Para o planejamento, chamaram o
Doutor (Tonico Pereira). Ele é o engenheiro que planejou e organizou a
construção do túnel, com iluminação e ar-condicionado. Entraram sem nada, e saíram
do banco, apenas com notas velhas, de 50 Reais, cerca de 3 toneladas que seriam
incineradas. Notas que os bancos não queriam mais, notas que eles não dariam importância
e que não chamariam atenção. Ou seja, eles sabiam o que estavam fazendo.
“Sim, não, indiferente.”
Assalto ao Banco Central, mostra como
existe falha na segurança de bancos, e que mesmo algo impossível de se fazer, é
possível quando se tem um planejamento e dinheiro. Eu confesso que demorei um
bom tempo para assistir esse filme pela primeira vez, tive um pouco de preconceito
pelo fato de ser nacional. Mas depois que assisti me surpreendi e logo de cara,
entrou na minha lista dos melhores filmes. Recomendo pra quem não tenha
assistido ainda, e pra quem já assistiu, assista novamente. Com certeza terá
uma nova visão sobre o filme. Enfim, tirem suas conclusões.