Páginas

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Resenha do filme “Assalto ao Banco Central”

Sinopse:
Em Agosto de 2005 164.7 milhões de reais foram roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando 3 toneladas de dinheiro. Foram mais de três meses de operação. Milhares de reais foram gastos no planejamento. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo. Um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas? E o que aconteceu com elas depois? São as perguntas que todo o Brasil se faz desde então.

Bom, não é a toa que muitos ainda não assistiram ou tiveram conhecimento desse filme, afinal, dizem que tudo feito no Brasil não presta. Mas tenho que discordar desse ponto de vista quando se trata de filmes. Muitos filmes brasileiros são bons e trazem uma mensagem bacana e reflexiva, como Tropa de Elite, por exemplo. Em que mostra a realidade da polícia e estado em relação ao crime organizado.

Pois bem, Assalto ao Banco Central ganhou um destaque entre meus filmes preferidos por dois motivos, primeiro pelo enredo do filme que é excelente, e segundo, pelo fato de se basear em uma história real e surpreendente.

Tudo começa com o planejamento, a seleção do grupo, as divisões de tarefas. Tudo muito bem organizado. No topo da pirâmide, esta o Barão (Milhem Cortaz). Um sujeito sério, cara fechada, um típico barão, eu poderia dizer...

Ele planeja, organiza e financia todo esse plano com a ajuda de sua mulher (Hermila Guedes). Juntos arquitetam o assalto que entraria para a história como o segundo maior assalto a banco do mundo.
Aos poucos eles começam a entrar em ação, alugam uma casa, e criam uma empresa de grama sintética. Não preciso nem dizer que é só fachada né? Depois começam as escavações. “Como assim, escavações? Não era assalto a banco?” Isso mesmo, foi um assalto a banco, mas bem no estilo Hollywood. Eles fizeram um túnel de 84 metros, da “Empresa” até o Banco Central, o que lhe fizeram levar mais de três meses de planejamento e execução.

O túnel acaba em baixo do cofre do banco, lá dentro, 164.7 milhões de reais em notas velhas de 50, esperam por eles. O que me deixou pasmo, foi que eles não deram um tiro, não desligaram nenhuma câmera ou sensor de movimento que havia dentro do cofre. O Barão, antes mesmo de começar a colocar o plano em pratica, subornou um funcionário da equipe de segurança do banco, e conseguiu com ele, a planta e as informações sobre todas as câmeras e sensores. Ah, não posso deixar de falar que o funcionário dessa empresa pediu demissão uma semana antes do assalto acontecer.

Para cavar o túnel, foi chamado o Tatu (Gero Camilo). O nome já diz tudo né? Para o planejamento, chamaram o Doutor (Tonico Pereira). Ele é o engenheiro que planejou e organizou a construção do túnel, com iluminação e ar-condicionado. Entraram sem nada, e saíram do banco, apenas com notas velhas, de 50 Reais, cerca de 3 toneladas que seriam incineradas. Notas que os bancos não queriam mais, notas que eles não dariam importância e que não chamariam atenção. Ou seja, eles sabiam o que estavam fazendo.

“Sim, não, indiferente.”

Assalto ao Banco Central, mostra como existe falha na segurança de bancos, e que mesmo algo impossível de se fazer, é possível quando se tem um planejamento e dinheiro. Eu confesso que demorei um bom tempo para assistir esse filme pela primeira vez, tive um pouco de preconceito pelo fato de ser nacional. Mas depois que assisti me surpreendi e logo de cara, entrou na minha lista dos melhores filmes. Recomendo pra quem não tenha assistido ainda, e pra quem já assistiu, assista novamente. Com certeza terá uma nova visão sobre o filme. Enfim, tirem suas conclusões.